A ANS apresentou na segunda-feira, dia 22/06/20, o segundo Boletim Covid 19, com dados de monitoramento do setor de planos de saúde durante a pandemia.
As informações foram atualizadas até maio de 2020, com o intuito de mostrar os impactos assistenciais e econômico-financeiros do coronavírus.
Também foram analisadas reclamações do consumidor perante a ANS.
Assim, para a elaboração dos dados assistenciais Boletim Covid 19, a ANS valeu-se de informações enviadas por 50 operadoras classificadas como verticalizadas. Operadoras verticalizadas equivale a dizer que são as que possuem hospitais próprios.
Por seu turno, os dados econômico-financeiros advêm de informações enviadas por 102 operadoras que atendem 74% dos consumidores de planos de saúde médico-hospitalares.
Conforme os números apresentados, os dados do mês de maio revelam sutil retomada das consultas em pronto-socorro, mas não relacionadas à Covid-19.
Dessa forma, esclareceu a ANS que chamou a atenção a redução da sinistralidade, “medida pelo fluxo de caixa (percentual das mensalidades usado para pagamento de custos médicos) no mês de maio”.
No que concerne à inadimplência, foi verificado aumento pouco expressivo em relação a abril.
E como ficou o impacto da pandemia nas despesas de internação?
De modo comparativo com abril de 2020, o mês de maio registrou aumento na taxa de ocupação geral dos leitos (com e sem UTI) – número que passou de 51% para 61%.
Mas, de modo comparativo da taxa de ocupação geral de leitos, o número foi mais baixo que o do mesmo mês no ano passado.
Por sua vez, a taxa de ocupação de leitos alocados exclusivamente para atendimento à Covid-19 cresceu no comparativo com o mês anterior, passando de 45% em abril para 61% em maio.
Conquanto, os dados indicadores da inadimplência do setor mostram que a média da inadimplência passou de 9% em abril para 11%.
Contabilizando-se informações e reclamações realizadas por beneficiários de planos de saúde, desde o início de março até 15 de junho, foram totalizadas 7.149 solicitações de informação e 4.701 queixas relacionadas ao tema Coronavírus.
Das reclamações, 36% (1,7 mil) são relativas a dificuldades assistenciais relativas ao exame para detecção ou tratamento da Covid-19.
Segundo a ANS, “outros 43% tratam de problemas relacionados outras assistências afetadas pela pandemia e 21% são temas não assistenciais (contratos e regulamentos, por exemplo).”
Por fim, esclarece a ANS que:
“A primeira edição do Boletim foi divulgada em maio. A ANS continuará realizando este monitoramento contínuo durante todo o desenvolvimento da pandemia, com o intuito de aprofundar as análises sobre os impactos da Covid-19 no setor e garantir transparência.”
Seguiremos, com nossa equipe, acompanhando e informando esses dados aos consumidores.