Os números não escondem os impactos da recessão econômica, sentidos até pelos planos de saúde, com menos segurados no setor.
Conforme informações, foram 284 mil clientes a menos em dois meses. Dados da ANS revelaram que beneficiários passaram de 47.113 milhões em março para 46.829 milhões em maio do mesmo ano de 2020.
Juntamente com a pandemia, adveio a crise econômica que trouxe o aumento do desemprego (taxa de 12,9%), grandes responsáveis pela queda de segurados.
Segundo informações da ANS, o declínio de conveniados vem sendo sentido desde 2015, com estabilidade apenas em 2018.
Similarmente, mostrando que planos de saúde têm tido menos segurados, em 2019, o setor perdeu 60,4 mil clientes. Em números comparativos, em dezembro de 2014, o setor chegou a ter 50,49 milhões de beneficiários.
Ainda que tenham advindo tais números, a ANS avalia que o cenário é de estabilidade, considerando oscilações pontuais.
Além da pandemia que trouxe o aumento de desempregos, a perda dos beneficiários advêm também da diminuição dos planos individuais.
De fato, havia 9,042 milhões de adesões a planos individuais em maio de 2019, contra 8,95 milhões em 2020.
Diante de tais números, não raro nosso escritório se deparar com histórias de vida que mostram a luta pela vida de pessoas que deixaram de ser conveniadas do plano de saúde.
De tal sorte que ouvimos relatos de pais de família que deixaram de pagar o próprio plano de saúde, para poderem pagar a escola dos filhos.
Com efeito, são pais de família que não apenas tiveram o sofrimento econômico, como também, em meio a tudo, contraíram coronavírus e foram lançados à sorte de uma vaga no SUS.
No momento em que histórias de superação nos são narradas, inegável que os números trazidos saem de gráficos e adquirem rostos de dor.
Cumpre a nós, como cidadãos e operadores de Direito, seguirmos fazendo nosso melhor em tempos difíceis. Mas que hão de melhorar.